terça-feira, 8 de abril de 2014

Enquanto PT libera R$ 2,8 milhões de dinheiro PUBLICO para desfile de alta costura, casarões históricos desabam por falta de verba....



Os cofres públicos do país deverão bancar a realização de dois desfiles na França. Graças a uma intervenção da ministra da Cultura, Marta Suplicy, o estilista Pedro Lourenço poderá captar R$ 2,8 milhões via Lei Rouanet para mostrar suas criações na semana de moda de Paris em outubro e em março de 2014. A lei é um mecanismo de fomento à cultura por meio de isenção tributária.
Esse plano vinha sendo discutido em Brasília desde junho. E, mesmo descrito como “mostra” de “artefatos artísticos” no texto ao governo, o projeto não passou na avaliação da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic), que decide quem pode captar via Lei Rouanet.
Apresentado em junho, o projeto entrou em discussão e foi retirado da pauta. Após idas e vindas para avaliação, voltou à plenária no último dia 7, quando a Cnic decidiu pelo seu indeferimento.
Sete conselheiros votaram contra o projeto e sete se abstiveram. No dia 12, a empresa que propôs o incentivo aos desfiles recorreu da decisão. Dois dias depois, a ministra reverteu a decisão da comissão e aprovou o projeto.

A quem interessa esse projeto? Ao estilista. Por que colocar recursos públicos? O usufruto desse recurso vai ficar restrito a essa empresa”, disse o secretário de Cultura de Alagoas, Osvaldo Viégas, ouvinte presente à reunião.

A medida da ministra desagradou membros da Cnic. Dois deles, ouvidos sob a condição de anonimato, disseram que ela não deveria ter passado por cima de decisão coletiva.



Marta Suplicy não quis comentar as críticas. Em nota, justificou sua decisão citando o “soft power”, conceito que propõe fortalecer a imagem do país no exterior a partir de bens imateriais: “O Brasil luta há muito tempo para se introduzir e ter uma imagem forte na moda internacional. Essa oportunidade tem como consequência o incremento das confecções e gera empregos. E é um extraordinário ‘soft power’ no imaginário de um Brasil glamouroso e atraente”.



Enquanto isto...
  • Prédios antigos, que contam parte da história de Caxias (Maranhão), estão em ruínas por falta de preservação. Basta dar uma volta no centro da cidade que logo se encontra casarões que remontam o passado.
  •  O Centro Histórico de São Luís (Maranhão), maior conjunto de casarões coloniais dos séculos 18 e 19 da América Latina, sofre com o abandono e a falta de recursos para sua preservação. Tombados pela Unesco há 10 anos como Patrimônio da Humanidade, 10% dos casarões estão esquecidos e em condições estruturais precárias.
  • Em poucos minutos de caminhada ao longo da Rua Coronel Alexanzito, no centro Aracari (Ceará), constata-se as precárias condições em que se encontra um dos sítios históricos urbanos mais importantes do Ceará. Muitos dos casarões, que remetem à época de povoamento da então Vila de Aracati, estão em avançado estado de deterioração, causando perdas incalculáveis ao patrimônio histórico e arquitetônico local e estadual.
  • Pouco mais de 80 anos depois da chegada dos primeiros desbravadores a Lon­drina, poucas residências construídas pelos pioneiros continuam em pé na cidade. O patrimônio tombado pelo estado é pequeno: são quatro edificações, apenas uma originalmente residencial. O restante dos imóveis de interesse histórico segue à mercê do assédio das construtoras e, na maioria das vezes, acaba cedendo lugar a prédios.
E isto é apenas uma parte, nossos prédios históricos, testemunhos calados de nossa história se deteriorando e caindo assim como nossa cultura, edificios que em outros paises seriam por exemplo transformados em museus, e nossa incopetente ministra investindo em desfile de moda em Paris.... por ai vai nosso dinheiro.... e por ai vemos o conceito de "cultura" para nosso desaculturados governantes.

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